O debate a
ser realizado pelo SBT, nessa segunda-feira, a partir das 17:30 horas, abrirá
as portas para discursos mais ásperos e duros dos candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) em
direção á candidata do PSB, Marina Silva, à Presidência da República. A onda de
ataques faz parte da nova estratégias de Dilma e Aécio que viram Marina
disparar nas pesquisas de intenção de votos. A candidata do PSB chegou ao
empate com Dilma, cada uma, segundo o Instituto Datafolha, soma 34% de apoio
dos eleitores, enquanto o tucano tem apenas 15%.
O cientista
político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marco Antonio Carvalho
Teixeira, não tem dúvidas que os números do Datafolha irão turbinar as críticas
direcionadas a Marina. “A estratégia dos dois (Dilma e Aécio) foi muito mais
intuitiva. Agora virá de forma organizada”, defende o professor. Segundo o
professor, para Aécio, a ameaça imposta por Marina é imediata, com risco de
deixá-lo de fora do segundo turno, mas a situação da presidente também já é
bastante delicada. Por isso, deve se concretizar a teoria uma trégua entre PT e
PSDB para concentrar a ação contra a candidata do PSB. “A união acontecerá
porque não é mais uma eleição plebiscitária. Eles vão ter que passar a
direcionar o tiroteio à Marina.”
Outra
leitura sobre o novo cenário da disputa eleitoral é feita pelo cientista
político e especialista em pesquisa eleitoral Sidney Kuntz. Ele, também,
acredita que as campanhas petistas e tucanas vão concentrar os esforços em
desconstruir a imagem de Marina, mas pondera que é preciso tomar cuidado com
ataques muito agressivos. “Ataque não ganha voto há um bom tempo. O (Geraldo)
Alckmin tentou contra Lula (em 2006) e era algo que não combinava com ele, não
vingou. É preciso tomar cuidado (com ataques)”, disse.
Kuntz avalia
ainda que o desempenho de Marina no último debate e também na entrevista ao
Jornal Nacional, mostra que a candidata está muito mais bem preparada para
responder a questões “mais complicadas” do que em 2010. “Hoje ela é quase uma
monja tibetana.”
Na avaliação
dos cientistas políticos, os discursos contra Marina devem focar primeiramente,
como já evidenciado por interlocutores tucanos e petistas, na suposta
inexperiência administrativa de Marina. Outro alvo devem ser as inconsistências
da candidata na defesa de sua “nova política”. O primeiro argumento acaba sendo
frágil, pois Dilma só tinha a experiência ministerial a apresentar em 2010,
enquanto Marina foi senadora e ministra, explica Teixeira. “Mesmo contra Aécio,
Marina pode em tese questionar o legado que ele deixou em Minas.” Fonte; Ceará
agora
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FOTO: Miguel Schincariol/AFP |

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