O consumidor
terá que preparar o bolso porque, a partir de janeiro de 2015, o reajuste na
conta de luz pode até ser mensal, dependendo do consumo de cada um. A Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na terça- -feira, a aplicação das
bandeiras tarifárias nas contas de energia. Na prática, a medida significa a
possibilidade de reajuste mensal das contas pagas pelos consumidores.
No regime
atual, o reajuste de tarifas acontece apenas uma vez por ano. As bandeiras
visam sinalizar aos consumidores se o custo da eletricidade estará maior ou
menor no mês seguinte em função das condições da geração de energia no país.
Com as bandeiras tarifárias, o custo da energia mais cara – devido ao
acionamento de térmicas -, será repassado mensalmente para os consumidores,
aliviando o caixa das distribuidoras.
Hoje, as
distribuidoras carregam os gastos com energia mais cara no curto prazo até o
próximo reajuste tarifário, quando só então os custos são repassados à tarifa
dos consumidores.
A aplicação
das bandeiras tarifárias, além de reduzir os gastos das distribuidoras no curto
prazo – o que neste ano resultou na necessidade de quase R$ 18 bilhões
financiados com bancos -, permitirá, ainda, que os consumidores, com base em
informações mais claras sobre o custo de energia e sobre os problemas na
geração, reduzam o consumo, se assim decidirem, sem a necessidade inicial de
adoção de um racionamento de energia.
A medida
prevê o uso de três bandeiras nas contas ao consumidor: a verde (que não indica
reajuste em relação ao mês anterior), a amarela (reajuste de R$ 1,50 a cada 100
kWh ), e vermelha (aumento de R$ 3 a cada 100 kWh).
O regime de
uso das bandeiras tarifárias estava previsto para começar a partir do começo
deste ano, mas foi adiado a pedido de algumas distribuidoras de energia que
ainda não estavam com seus sistemas prontos para atender às novas regras,
segundo afirmou a Aneel na época.
A Associação
Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) tem uma visão
positiva da adoção de bandeiras tarifárias. De acordo com a entidade, se a
medida já tivesse sido adotada em 2014, a necessidade de recursos adicionais de
empréstimos (para as distribuidoras) teria sido bem menor porque, com as
bandeiras tarifárias, teriam sido colocados em torno de R$ 800 milhões/ mês no
caixa das distribuidoras, o que daria em torno de R$ 9,6 bilhões no ano.
Fonte:
Jornal Grande Porto.
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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