A dois dias
da posse, deve chegar ao fim, hoje, a expectativa pela equipe de secretários da
gestão do governador eleito Camilo Santana (PT). Os primeiros nomes apontados
por pessoas ligadas ao novo governo mostram convocações de perfis técnicos, com
trabalhos efetivados em áreas específicas. O componente político na escolha
preocupa especialistas.
O economista
Cláudio Ferreira Lima aposta na renovação dos quadros do governo. “As pessoas
se eternizarem no cargo não é bom. É preciso renovar. Se por uma injunção
política você não consegue fazer isso, você tem que ter consciência. Essa vai
ser a chave para esse governo”, pontua.
Conforme
levantamento do O POVO junto a fontes ligadas ao Governo, nomes novos devem ser
trazidos para as pastas de Segurança Pública, Saúde, Esporte e Cultura.
O cientista
político Josênio Parente ressalta que Camilo tem o desafio de unir diversas
forças políticas que quase se diluíram durante o processo eleitoral, o que pode
dificultar a organização do secretariado.
Uma das
razões apontadas para a demora na confirmação da equipe de Camilo foi a
indefinição do Governo Federal em anunciar novos ministros. O grupo político do
governador Cid Gomes, segundo fontes ouvidas pelo O POVO, tentava emplacar o
nome do ex-secretário da Fazenda, derrotado para o Senado, Mauro Filho, na
chefia do Banco do Nordeste (BNB). Com a direção dada ao PP, no Piauí, o futuro
do ex-secretário também pode ser definido nesta segunda-feira.
Arrecadação
O setor de
arrecadação é apontado por Cláudio Ferreira como decisivo para o sucesso do
novo grupo. Para ele, é preciso mudar o enfoque na busca de verbas para o
Estado da Secretaria da Fazenda para áreas ligadas ao desenvolvimento.
“Enquanto o secretário da Fazenda for o mais importante, o Ceará não vai
conseguir avançar no desenvolvimento. Ela (Sefaz) é uma base. É preciso ampliar
a capacidade de gerar renda não pela via fiscal”, afirma.
“Pelo
convívio que já tive com Camilo, sei que ele tem visão de planejamento e é uma
pessoa empolgada com o que faz. Ele precisa de um secretariado que tenha essa
mesma visão. Ser tocador de obra é importante, mas não é suficiente. É preciso
armar o navio e saber para onde ele vai”, pontua Cláudio.
Fonte: O
Povo

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