Estatísticas
oficiais e pesquisas científicas estimam que o Brasil perca, por ano, 7,3% do
Produto Interno Bruto (PIB) em decorrência de problemas relacionados ao álcool.
Considerando o PIB de R$ 5,1 trilhões, o custo social do uso abusivo de bebida
alcoólica atingiu, em 2014, algo como R$ 372 bilhões.
A economia
sofre sérios prejuízos. Acidentes de trânsito causados por motoristas bêbados,
onde se perde a vida de milhares de brasileiros em idade produtiva ou passam
por tratamentos caríssimos bancados com recursos públicos do Sistema Único de
Saúde (SUS), gastos exorbitantes com convênios médicos privados, despesas
inesperadas que destroem o orçamento de famílias, desemprego, afastamento do
trabalho custeado pela Previdência Social, baixa eficiência das empresas e
outros sintomas silenciosos.
O SUS contabilizou
nos últimos quatro anos, 313 mil internações por alcoolismo, ao custo anual de
R$ 249,3 milhões. Dos tratamentos em clínica geral, 20% são provocados pelo uso
abusivo do álcool. Não é só: 50% dos atendimentos masculinos psiquiátricos têm
ligações com o excesso de bebida. “O país tem de se empenhar para alcançar,
nessa área, o mesmo êxito da luta contra o tabagismo”, convoca a diretora de
Vigilância e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta.
“Vivemos uma
guerra química que inutiliza boa parte da nossa mão de obra, independentemente
da idade. Jovens e velhos, o álcool destrói sem piedade”, diz, angustiado, o
psiquiatra da rede pública de saúde do Distrito Federal Erin Hunter.
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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