“Criadores
de gado reclamam do preço do leite e procura uma solução para esse problema,
conversamos com o criador ‘‘Nonato Nogueira” que também reclama do preço do
leite que hoje é pago 0,80 centavos por litro bem menos que três ovo, ele nos
mostra seu gado que por sinal muito bem
cuidados, que mesmo em tempo de estiagem
ele compra residi-o, vacinas, e por isso ele acha tão pouco o preço do leite e
não tem nem um órgão que possamos pedir ajuda esperamos que com essa reportagem
a pareça alguém para nos ajudar em nosso reivindicação.
Na verdade ninguém
sabe ainda que é responsável pelo o preço do leite, quem dar ou estipula o valor?
É quem compra? ou os donos de leiteiras? mais segundo ha Associação dos Produtores de Leite do Estado do Ceará
A cadeia produtiva do leite no Ceará enfrenta
uma situação desigual entre os seus setores. Afetada por dois anos seguidos de
seca, produtores rurais, indústrias de laticínios e o comércio varejista tentam
se adequar às imposições do mercado internacional e às peculiaridades locais e
regionais.
O preço do
leite "in natura" é considerado insuficiente para cobrir todos os
fatores produtivos. O momento é considerado de dificuldades para o setor FOTO; Francisco
Filho
Atualmente,
o preço do leite para o produtor rural é considerado historicamente o maior,
mas os criadores reclamam do alto custo de produção e querem novo reajuste. O
setor enfrenta escassez do produto para atender à demanda regional e existe uma
pressão para que o varejo faça um realinhamento do valor de compra para a
indústria de laticínios.
Na ponta
final da cadeia produtiva, os consumidores reclamam do valor do leite e de seus
derivados majorados nas prateleiras. Costumeiramente, os produtores rurais são
apontados como os vilões do aumento do produto. "Essa é uma falsa
impressão da população, quem está ganhando é o setor varejista que reajusta o
preço nas gôndolas e prateleiras em proporção maior, e não repassa para a
indústria, que sofre pressão dos criadores", observa o presidente da
Associação dos Produtores de Leite do Estado do Ceará (Aprolece), Geraldo
Magela Frota. O produtor e laticinista, Oswaldo Rebelo observa que as
indústrias ainda não repassaram o reajuste dado ao produtor para o varejo.
Atualmente,
o preço do litro de leite in natura pago ao produtor pelos laticínios varia
entre R$ 1,00 e R$ 1,30, dependendo da região e da quantidade fornecida pelo
criador ao longo do ano. Na Região Metropolitana de Fortaleza, o preço costuma
ser mais elevado em relação ao sertão, que tem custo de frete e maior
dificuldade de acesso às fazendas produtoras. "A seca trouxe dificuldades
para todos, mas os pequenos produtores foram os mais atingidos. Não é só a
estiagem que afeta o setor, pois há falta de leite no mercado mundial, quebra
de safra nos Estados Unidos, Argentina e Nova Zelândia. No mercado
internacional, globalizado, o preço dos insumos sobe, elevando o custo de
produção", avalia Frota.
Incentivos
O
veterinário Francisco Barbosa, responsável por duas unidades de alta produção
leiteira no sertão cearense, com 30.000 litros por dia, afirma que "o
leite é a proteína animal mais barata e deveria ter mais incentivos para sua
sustentabilidade, pois foca principalmente em dois segmentos importantes, que é
o social e o econômico. E mesmo para os grandes produtores, fica difícil
produzir leite ao se calcular sem paixão o custo total da atividade leiteira,
quando nesses custos envolvem alimentos concentrados e volumosos, sal mineral,
medicamentos, vacinas, combustível, energia elétrica, materiais para
procedimentos reprodutivos, material para ordenha, material de limpeza,
material de consumo, manutenção, reparo das instalações, mão de obra, impostos,
taxas, transportes, serviços, despesas administrativas, mortes de animais por
acidentes e por descarte involuntário ".
A tonelada
de soja, um dos componentes da ração animal, em setembro de 2012, custava R$
760,00 e hoje, um ano depois, custa R$ 1.450,00. "Houve aumento do custo
de mão de obra, energia elétrica e há grave dificuldade de água", observa
o produtor rural e laticinista, Oswaldo Rebelo. "O momento é delicado e de
dificuldades e só vai permanecer no mercado quem tem condições, tecnologia e
está investindo muito".
Dificuldades
O cenário,
em médio prazo, é de dificuldades para o setor. O verão que o Ceará atravessa
(como é conhecida essa época do ano) irá trazer mais obstáculos para os
produtores rurais.
"Se não
fossem as chuvas de maio e junho passados o quadro era desesperador",
disse Magela Frota. A escassez de águas nas fazendas vai provocar ainda mais
queda na produção leiteira no Estado.
Os dados
divulgados pelo governo do Estado com base na vacinação contra a febre aftosa
registram aumento do número de bovinos. Entretanto, dirigentes do setor
agropecuário discordam das estatísticas.
"Não
temos números oficiais confiáveis sobre a produção de leite e o rebanho no
Ceará. Na minha avaliação, houve uma queda de pelo menos 40% na oferta de leite
em relação à média histórica para o período", disse Magela Frota.
O produtor
Oswaldo Rebelo estima em, pelo menos, 50%. O diretor da Unidade de Pecuária do
Centro-Sul do Ceará (Upeci), com sede na cidade de Iguatu, Mairton Palácio,
estima queda na oferta de leite na região em cerca de 30%.
Em um ponto,
os produtores concordam. O setor está mudando e os aventureiros e pequenos
criadores sem tecnologia e capital vão desaparecer, só permanecendo quem
investiu em irrigação, melhoria da qualidade genética dos animais e que
apresentam escala de produção. "Fora isso, ficará a agricultura de
subsistência", observa Magela.
Os dados
divulgados pela Aprolece mostram que há cerca de 80 mil produtores de leite no
Ceará. A produção está concentrada nas mãos de uma reduzida fatia. Cerca de 10%
dos criadores no Estado respondem por 70% da produção. "Essa concentração
é uma tendência mundial, que vem se consolidando a cada ano", disse o
presidente da Aprolece, Magela Frota. Mais informações
As
informações são da Associação dos Produtores de Leite do Estado do Ceará
(Aprolece), veiculadas pelo Folha Serrana
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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