A escassez
de comida na mesa de muitos paraibanos está levando uma família da cidade de
Alagoa Grande (na região do Brejo, a 107 km de João Pessoa), à uma situação
extrema: caçar roedores para complementar a alimentação. Na comunidade
Barreiras, no Sítio Tambor, virou rotina crianças saírem quase todos os dias,
sempre à tarde, para colocarem armadilhas para ‘rato de Junco’. O prefeito da
cidade disse que o Município vai ajudar a família, mas que já teria oferecido
apoio anteriormente e eles teriam recusado.
A caça ao
animal é artesanal e feita em uma lagoa que fica no centro da cidade. Uma das
crianças revelou que há uma semana sua família se alimenta com rato, porque não
dinheiro para comprar a “mistura” e nem outros alimentos. “A gente vai um dia
sim, outro não. A gente mete o pau no ninho e mata os ratos (sic)”, contou um
menino de 10 anos.
O registro
da situação de extrema pobreza de uma família que é comandada por uma mulher de
nove filhos foi feito pelo blogueiro Júlio Araújo. Ele flagrou um grupo de
crianças saindo de um matagal com os animais já prontos para o consumo.
‘Rato do
Junco’
Segundo
Ivonete Márcio, bióloga e integrante da Vigilância Ambiental de João Pessoa, o
‘Rato de Junco’ é uma espécie de animal silvestre de hábitos noturnos
semi-aquático. “Não há relato de problemas de saúde em decorrência da ingestão
do animal. Em muitas regiões isso é consumido, mas devemos ter alguns cuidados
com a higienização. O rato pode transmitir algumas doenças típicas das
ratazanas”.
O animal é
um roedor maior que o rato-comum-das-casas, de cor geral avermelhadas na região
superior e cinza ventralmente.Alimenta-se de partes de vegetais aquáticos,
sementes silvestres e cultivadas,mas podem até chegar a comerem animais
invertebrados. Os ninhos são construídos em touceiras de capim, geralmente em
terrenos brejosos; suas ninhadas chegam a até 10 filhotes. Fonte: Alto Santo é Notícia
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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