O quadro
dela agravou e, como não haviam camas e macas disponíveis, teve que ser
atendida em uma superfície rígida – o piso foi o local mais apropriado para o
atendimento.
Os problemas
no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) se agravam a cada dia. Uma idosa de
74 anos morreu no chão de uma das enfermarias após sofrer um infarto. Maria
Íris Soares chegou à unidade hospitalar passando mal, foi atendida e colocada
em uma cadeira de rodas. O quadro se agravou e, como não haviam camas e macas
disponíveis, teve que ser atendida em uma superfície rígida – o piso foi o
local mais apropriado para o atendimento.
Na semana
passada o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Rio Grande do Norte
(SINDISAÚDE/RN) denunciou que pacientes estavam sendo atendidos em colchonetes
colocados no chão das enfermarias. Dessa vez, nem colchonete tinha.
Segundo o
Sindisaúde, na manhã de hoje havia 35 pacientes em macas nos repousos e novo em
macas nos corredores. “Existe aqui uma prática para maquiar a situação. Pegam
os pacientes dos corredores e amontoam nas enfermarias e repousos”, lamentou
João Morais, diretor da entidade.
Na manhã de
hoje, 13, o Sindisaúde realizou um protesto denunciando os problemas, a falta
de estrutura, as obras de ampliação atrasadas e ressaltando os motivos que
levaram a greve dos servidores da saúde. Os manifestantes protestaram com a simulação
de um cadáver enrolado com um pano branco (veja no vídeo abaixo).
Explicação
A direção do
hospital, em entrevista coletiva agora há pouco, informou que a mulher já
chegou ao hospital sem vida e que o procedimento realizado pela equipe médica
foi o correto. A idosa foi levada por uma vizinha para o HRTM.
Excesso
A
superlotação da unidade hospitalar tem causado dificuldades aos trabalhos dos
profissionais de saúde que lá trabalham e dos próprios pacientes e familiares.
Muitos pacientes são de outras cidades que não tem estrutura para atender a
demanda e acabam transferindo-os para Mossoró.
Etildes
Severino de Medeiros está no HRTM desde o dia 2 com o filho de 18 anos que foi
vítima de acidente automobilístico e está esperando por uma cirurgia. “Já me
disseram que aqui não faz. Estamos tentando uma vaga num hospital de Natal. Na
Casa de Saúde Dix-sept Rosado faz, mas como não somos daqui não temos direito”,
disse a mulher natural de Assu.
Maria
Edileusa é de Caraúbas e veio com o filho, também vítima de acidente. “No
hospital Agnaldo Pereira não tem nada, nem agulha, papel higiênico, nada. Até
uma ambulância a gente não consegue quando precisa. Os doentes de lá são todos
transferidos para cá. Isso acaba superlotando o Tarcísio Maia e causando todos esses
problemas”, destacou.
Fonte:
Passando na Hora
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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