O juiz
Danilo Fontenelle Sampaio, da 11ª Vara da Justiça Federal no Ceará, condenou,
pelo crime de lavagem de dinheiro, 11 pessoas envolvidas no assalto ao Banco
Central de Fortaleza, ocorrido em agosto de 2005. Entre os condenados, Antônio
Jussivan Alves do Santos, o Alemão, líder da quadrilha que planejou e executou
o assalto. A sentença foi lida na sexta-feira (21), mas publicada apenas no fim
da tarde de ontem (24) no site da Justiça Federal.
Alemão foi
condenado a 80 anos de prisão em regime fechado pelo crime de lavagem de
dinheiro. Ele já cumpre pena de 35 anos por furto, formação de quadrilha e uso
de documento falso.
De acordo
com a investigação da Polícia Federal (PF), com sua cota-parte, Alemão comprou
diversos bens em nome de laranjas, com apoio dos dez réus julgados no processo.
Segundo a PF, Alemão “lavou” dinheiro em Mato Grosso do Sul, em Goiás e no
Distrito Federal, onde foi preso em 2008, após ficar três anos foragido.
Entre os
bens do líder do grupo estão casas – incluindo um imóvel em sua cidade natal,
Boa Viagem, no interior do Ceará -, fazendas e postos de combustíveis, além de
carros, motocicletas e uma lancha.
Com a
sentença de sexta-feira, resta apenas um processo para ser julgado, também por
lavagem de dinheiro. O assalto ao Banco Central, considerado o maior furto a
banco do País e um dos maiores crimes patrimoniais do mundo, já resultou em 28
ações penais, envolvendo 133 réus.
Para o
assalto, os integrantes da quadrilha cavaram um túnel de cerca de 75 metros
entre uma casa alugada em uma rua nos fundos do banco, onde o grupo montou uma
empresa de fachada, e o caixa-forte.
Foram
levados mais de R$ 164 milhões em cédulas de R$ 50. As notas haviam sido
recolhidas para verificação do estado de conservação. Até agora, foram
recuperados cerca de R$ 20 milhões e mais R$ 10 milhões , que são resultado de
leilões dos bens apreendidos.
Agência
Brasil
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