Com mais de
1,5 milhões de casos prováveis de dengue até a 45ª semana epidemiológica, 2015
supera o número de casos para o mesmo período nos últimos dois anos no Brasil.
Os dados foram apresentados em entrevista coletiva pelo ministro da Saúde,
Marcelo Castro, na manhã desta terça-feira, 24, em Brasília. Em 2013, o País
teve 1,4 milhões de casos, enquanto o registro de 2014 foi de 555,4 mil casos -
todos entre a primeira e a 45ª semana dos boletins semanais.
Os números
são preocupantes e trazem uma mensagem de guerra ao mosquito Aedes aegypti,
também transmissor da chikungunya e do zika vírus. Ainda não há correlação
comprovada entre casos de zika e os nascimento de bebês com microcefalia
registrados em números alarmantes no Nordeste. No entanto, o ministro externou
a preocupação em proteger a população da nova epidemia e fornecer alternativas
de combate ao mosquito.
O número de
casos graves em 2015 mais do que dobraram em relação ao ano passado. O total de
1.488 é 104% maior do que o número registrado em 2014, de 728 casos graves.
Houve também aumento de 79% para os óbitos causados pela doença em 2015. Já são
811 mortes contra as 453 do mesmo período em 2014.
Situação de
risco
Oito cidades
do Ceará apresentam situação de risco para surto de dengue, chikungunya e zika.
Os municípios citados no Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti
(LIRAa 2015) tiveram mais de 4% das casas visitadas com larvas do mosquito. No
Estado, 35 municípios enviaram dados ao estudo. Com índice de 0,9%, Fortaleza
aparece entre as dez capitais brasileiras com situação satisfatória. Os dados
também foram apresentados hoje pelo Ministério da Saúde.
As oito
cidades do Ceará em situação de risco, com índices acima de 4%, são:
Baturité:
6,3%
Canindé:
10,5%
Coreaú: 7,4%
Ipaumirim:
4%
Massapê:
6,9%
Parambu:
4,6%
Tauá: 12,9%
Viçosa do
Ceará: 11%
Nove cidades
aparecem na classificação de risco médio, com índices entre 1% e 3,9% das casas
com larvas do mosquito:
Caucaia:
2,9%
Cedro: 2,1%
Guaiuba:
2,5%
Horizonte:
2,7%
Itapipoca:
1,4%
Maranguape:
1,8%
Pacatuba: 2%
Pires
Ferreira: 1,9%
São
Benedito: 2,2%
Os demais
municípios que enviaram dados ao levantamento aparecem com situação
satisfatória, com índices abaixo de 1%. Confira as 18 cidades:
Alcântaras:
0,4%
Croatá: 0%
Forquilha:
0%
Fortaleza:
0,9%
Graça: 0,4%
Groaíras: 0%
Ibiapina: 0%
Icó: 0,7%
Iguatu: 0,5%
Lavras da
Mangabeira: 0%
Limoeiro do
Norte: 0,9%
Morada Nova:
0%
Orós: 0,4%
Santana do
Acaraú: 0%
Santa
Quitéria: 0,8%
Sobral: 0,3%
Tianguá:
0,7%
Ubajara: 0%
Os dados
foram colhidos em visitas dos agentes de endemias aos domicílios de 1.792
municípios brasileiros em outubro e novembro de 2015. Deste total, 199 cidades
apresentaram situação de risco. Na Região Nordeste, a prevalência dos focos de
infestação do mosquito é no armazenamento de água nas casas, como em cisternas.
RT NEWS
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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