Ocupante da
Presidência da República desde o início de 2003, o PT é hoje o partido com
maior rejeição no Brasil, segundo pesquisa Ibope feita na segunda quinzena de
outubro. Do total de entrevistados, 38% apontaram a legenda de Luiz Inácio Lula
da Silva e Dilma Rousseff como aquela de que menos gostam. No outro extremo,
12% indicaram o PT como partido preferido – ou seja, para cada petista, há
cerca de três antipetistas no País.
No ranking
da rejeição, o PT não apenas está em primeiro lugar, mas é o líder disparado.
Em distante segundo lugar, com 30 pontos porcentuais a menos, está o PSDB (8%
de rejeição). O PMDB com 6%, aparece em empate técnico, também na segunda
colocação.
É a primeira
vez que o Ibope mede a rejeição às legendas com uma pergunta específica (“de
qual desses partidos você gosta menos?”). Não é possível, portanto, saber se a
onda antipetista está em seu ápice. Mas há indícios de que essa tendência no
eleitorado se fortaleceu desde o ano passado.
Em outubro
de 2014, pouco antes da eleição presidencial vencida por Dilma, o PT tinha uma
imagem “favorável” ou “muito favorável” para 41% dos eleitores, também segundo
o Ibope. Outros 46% viam o partido de forma “desfavorável” ou “muito
desfavorável”. De lá para cá, a parcela com opinião contrária ao PT cresceu
para 70%, enquanto os favoráveis se reduziram a apenas 23%.
Outro
indicador do desgaste dos petistas é a evolução da taxa de preferência pela
sigla. Em abril de 2013, pouco antes da onda de manifestações de protesto pelo
País, o PT era o partido preferido de 36% da população – o melhor resultado
para a legenda em uma década.
Mas os
protestos de rua provocaram mudanças significativas na opinião pública: em
julho de 2013, a taxa de preferência pelo PT já havia caído para apenas 22%.
Desde então,
apesar de ter vencido a eleição presidencial de 2014, o partido foi associado a
novos episódios de desgaste, entre eles o agravamento da crise econômica e o
escândalo de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato.
O PSDB,
partido que disputou com Lula e Dilma os segundos turnos das quatro últimas
quatro eleições presidenciais, não se beneficiou diretamente da queda de
popularidade de seu principal adversário.
Os tucanos
também têm hoje uma imagem pior do que de outubro de 2014. Na época, segundo o
Ibope, a soma de opiniões “desfavoráveis” e “muito desfavoráveis” sobre a sigla
chegava a 45%. Atualmente, atinge 50%.
Por outro
lado, no ranking da preferência partidária, é a primeira vez que o PSDB empata
tecnicamente com o PT no primeiro lugar – mas o fenômeno se explica mais pela
queda dos petistas que pela ascensão dos tucanos.
Geografia
A rejeição
ao PT é maior na região Sul, onde 46% dos entrevistados apontam a legenda como
aquela de que menos gostam – taxa oito pontos porcentuais superior à média
nacional. Também se concentra nos setores mais escolarizados e de renda mais
alta.
Entre os
eleitores com curso superior, a taxa de rejeição ao partido chega a 50%, mas
cai para 28% entre os que estudaram até a quarta série. Na divisão do
eleitorado por renda, o PT é o mais rejeitado por 46% dos que ganham mais de
cinco salários mínimos, e por 28% dos que recebem até um salário mínimo.
O partido
também sofre maior rejeição entre os mais jovens (43% na faixa de 16 a 24 anos)
que entre os mais velhos (33% entre aqueles com 55 anos ou mais).
O Ibope
ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios do País entre os dias 17 e 21 de outubro.
A margem de erro estimada é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
estadao-conteudo

Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
Leia Mais sobre o autor