A Comissão
Mista de Orçamento (CMO) manteve há pouco a dotação de R$ 28,1 bilhões para o
Bolsa Família em 2016. O relator-geral do Orçamento, deputado Ricardo Barros
(PP-PR), tinha proposto a manutenção do corte de R$ 10 bilhões, mas
parlamentares apresentaram destaques para preservar o orçamento do programa de
transferência de renda.
A manutenção
da verba para o Bolsa Família foi possível após a CMO aprovar a redução de meta
de superávit primário – economia de recursos para pagar os juros da dívida
pública – de R$ 43,8 bilhões (0,7% do PIB) para R$ 30,5 bilhões (0,5% do PIB).
Com o espaço fiscal reduzido, Barros tinha alegado que o corte no programa
social era necessário para cumprir a meta. No entanto, mesmo com a nova meta
reduzida, o deputado quis manter o corte no programa social.
O deputado
Danilo Forte (PSB-CE) comemorou a manutenção.
“O Programa Bolsa Família é hoje a única alternativa de sobrevivência de
milhões e milhões de brasileiros que vivem principalmente no semiárido
nordestino. Em função da ausência das chuvas pelo quarto ano consecutivo, indo
para o quinto ano, nós não podemos decretar a essas pessoas uma lipoaspiração
capaz de tirar não só a gordura, mas a própria vida. Nós temos que dar a essas
pessoas a oportunidade de sobreviverem com dignidade e abrigadas no programa
social desta envergadura”, falou.
“Se tem
irregularidades, que nós apuremos. É papel deste Congresso Nacional arguir os
desvios e os desmandos cometidos. Nós não pudemos em função destas
irregularidades tentar justificar o abandono ao relento das pessoas que mais
precisam da ação de Estado. Acho que essa comissão se harmonizou por
unanimidade em cima da necessidade da manutenção deste programa. E Diante de um
futuro tão incerto que nós temos pela frente, eu acho que o Bolsa Família é a
única alternativa nesse momento capaz de garantir um mínimo para que as essas
pessoas atendidas pelo programa possam sobreviver com dignidade”, complementou.
Barros
também propôs cortar em 3,5% (R$ 10,2 bilhões) os gastos com o funcionalismo
federal, mas sugeriu aumento de 5,6% (R$ 7,5 bilhões) nos investimentos, que
subirão de R$ 134,5 bilhões para R$ 142 bilhões, para acomodar emendas
apresentadas por parlamentares.
Com Agência
Brasil e Assessoria do deputado Danilo Forte.
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