O Ministério
da Saúde divulgou nesta segunda-feira (30) que foram confirmados 25 casos de
microcefalia no Ceará. O Estado está na 8ª colocação no País em números de
casos. Os dados são de levantamento feito até 28 de novembro de 2015. Ao todo
no Brasil foram notificados 1.248 casos suspeitos da doença, identificados em
311 municípios de 14 unidades da federação. No Ceará, a Secretaria de Saúde
prepara ações emergenciais de combate ao mosquito Aedes Aegypti, causador da
doença.
O estado de
Pernambuco registra o maior número de casos (646), sendo o primeiro a
identificar aumento de microcefalia em sua região. O Estado conta com o
acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em
seguida, estão os estados de Paraíba (248), Rio Grande do Norte (79), Sergipe
(77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Rio de Janeiro (13), Tocantins
(12) Maranhão (12), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (1).
Entre o total de casos, foram notificados sete óbitos.
Um
recém-nascido do Ceará, com diagnóstico de microcefalia e outras malformações
congênitas por meio de ultrassonografia, teve resultado positivo para vírus
zika. Outros cinco no Rio Grande do Norte e um no Piauí estão em investigação
para definir causa da morte.
O Ministério
da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na
região Nordeste. A confirmação foi possível a partir da confirmação do
Instituto Evandro Chagas da identificação da presença do vírus Zika em amostras
de sangue e tecidos do recém-nascido que veio a óbito no Ceará.
Essa é uma
situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema
devem continuar para esclarecer questões como: a transmissão desse agente; a
sua atuação no organismo humano; a infecção do feto e período de maior
vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos
primeiros três meses de gravidez.
O achado
reforça o apelo do Ministério da Saúde para uma mobilização nacional no combate
ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e
chikungunya. O êxito dessa medida exige uma ação nacional, que envolve a União,
os estados, os municípios e a toda a sociedade brasileira. O momento agora é de
unir esforços para intensificar ainda mais as ações e mobilização.
A campanha
lançada nesta semana alerta que o mosquito da dengue mata e, portanto, não pode
nascer. A ideia é que todos os dias
sejam utilizados para uma limpeza e verificação de focos que possam ser
criadouros do mosquito.
O Ministério
da Saúde intensificou o acompanhamento da situação, de forma prioritária, e
divulgará orientações para rede pública e para a população, conforme os
resultados das investigações. Equipes do Ministério da Saúde estão ajudando os
estados nas investigações. Além disso, o Ministério mantém contato com as
secretarias estaduais e municipais para articular uma resposta conjunta e, em
especial, mobilizar ações contra o mosquito Aedes aegypti. Comitês de
especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e
laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.
Desde o
surgimento dos casos, o Ministério da saúde tem enviado às secretarias
estaduais de saúde orientações sobre o processo de notificação, vigilância e
assistência às gestantes e aos bebês acometidos pela microcefalia. Essas
informações serão constantemente atualizadas.
A
microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em
que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a
investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso,
os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que
habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma
série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes
biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
Com
Ministério da Saúde
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