A Polícia Civil
autuou uma idosa de 73 anos por maus-tratos a animais depois de fechar o canil
clandestino que ela mantinha em um condomínio no Jardim Botânico, área nobre do
Distrito Federal, com 81 cachorros de raças consideradas de alto valor de
revenda – como shih-tzu, maltês, yorkshire e west ighland white terrier. Cada
animal era vendido por até R$ 7 mil. As instalações tinham más condições de
alimentação, higiene e abrigo.
De acordo
com o delegado Ivan Dantas, cães sofreram deformações nas patas por causa do
longo período em que ficaram confinados no local. Além disso, podem ter
contraído doenças no espaço. Eles ficavam em gaiolas consideradas inapropriadas
e foram deixados aos cuidados de uma outra pessoa até que a Justiça determine o
que seja feito. Ativistas de direitos dos animais que estiveram no local
disseram que vão ajudar com processos de adoção.
O canil
clandestino foi isolado pela Agência de Fiscalização (Agefis). O cruzamento dos
bichos ocorria no próprio local. A diretora-geral da Associação Protetora dos
Animais do Distrito Federal (Proanima), Simone Lima, disse que uma veterinária
foi chamada para auxiliar na elaboração do laudo técnico que identificou os maus-tratos.
"Não
existe destino mágico para onde levar animais. A Proanima sabe que algumas
pessoas que fizeram as denúncias estão dispostas a adotar os animais.” Além dos
ativistas, representantes do Conselho Regional de Medicina Veterinária
acompanharam a operação e averiguaram as condições em queA dona do canil, uma
aposentada de 73 anos, enfrentava problemas com a administração do condomínio.
Ela havia sido notificada duas vezes por suspeita de comércio ilegal de cães na
área residencial. A polícia ainda investiga para saber se havia outros
envolvidos. Até o momento, apenas a proprietária foi autuada pelo crime de maus
tratos aos animais.
Segundo o
síndico do condomínio, Pedro Humberto, a moradora não permitia a entrada da
administração na casa dela, mesmo quando a vigilância sanitária foi chamada
pela administração. “Estamos apoiando integralmente as ações realizadas. Como
ela sempre impediu nossa entrada à casa, achávamos que era um canil pequeno,
com no máximo dez cães. A condição em que viviam esses cachorros é de
estarrecer”, afirmou.
O síndico
declarou que o condomínio pretendia mover um processo contra a moradora.
Segundo moradores do local, a atividade era realizada havia oito anos. os
animais eram abrigados.
G1
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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