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19 de julho de 2014

Vaqueiro cearense por completo

Vestido da cabeça aos pés com o mais legítimo couro animal, o vaqueiro sempre foi figura respeitada e admirada nos sertões do Nordeste. De natureza nômade, traço rude e jeito despojado de viver, o sertanejo virou personagem central da chamada “civilização do couro”. Sua trajetória e seus costumes podem ser conferidos na exposição permanente “Vaqueiros”, no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar. A história do couro no Brasil teve início com a chegada dos primeiros gados trazidos pelos portugueses, em meados de 1534. Passado mais de dois séculos, veio a expansão do cultivo da cana-de-açúcar e o gado acabou sendo deslocado para o sertão. Devido ao isolamento dos sertanejos, o couro passou a ter muitas utilidades, como produção de móveis, roupas e utensílios. No Ceará, o desenvolvimento da pecuária só ocorreu no final do Século XVII. O gado nativo, mesmo descendente dos de Portugal, possui resistência especial às grandes secas, característica da região. Posteriormente, também foi cruzado com outras raças como o zebu, holandês e o jérsei. A abundância de terras no sertão permitiu que o gado fosse criado solto, isto até o Século XIX, quando surgiram as cercas para delimitar o cultivo do algodão. Vale lembrar que a pecuária no Ceará , além de ter sido decisiva na organização da sociedade sertaneja, tornou-se principal atividade econômica no período colonial. Até hoje as roupas de couro são produzidas para compor a vestimenta dos vaqueiros, profissão quase em extinção, mas que ainda preserva as tradições sertanejas. (CP) Fonte: Exposição Vaqueiro e Folha Serrana


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