A quadrilha
presa na manhã desta terça-feira (26) pela Polícia Civil da Paraíba, suspeita
de roubos a bancos em seis estados do nordeste, é considerada de altíssima
periculosidade, com especialidade em roubos a agências bancárias, na modalidade
conhecida como "novo cangaço". A quadrilha atuava em vários estados,
sempre com o uso de armamento de fogo de alta capacidade de destruição (fuzil,
submetralhadoras, pistolas, etc).
A operação
´Canga´, foi resultado de mais de um ano de investigação, segundo revelou o
delegado Cristiano Jacques, que coordenou a ação policial. Seis homens foram
presos acusados de roubar, em maio do ano passado, duas agências bancárias no
município de Princesa Isabel, quando a cidade ficou cercada e a população em
pânico, dentre outros bancos em vários estados do país. A quadrilha já teria
agido pelo menos 12 vezes em seis estados do país, segundo a polícia.
De acordo
com as investigações, o patrimônio dos criminosos incluía casas, carros de
luxos e chácaras e o Ministério Público vai solicitar a perda dos bens em favor
do Estado. O grupo é remanescente de uma quadrilha originária do final da
década de 80 para início de 90, de acordo com a polícia.
Os mandados
de prisão foram cumpridos em Princesa Isabel e nos estados de Alagoas e Rio Grande
do Norte. Segundo a polícia, a prisão dos envolvidos impediu que novos assaltos
fossem realizados pela quadrilha, inclusive em Princesa Isabel, “tendo em vista
que a quadrilha costuma repetir suas ações bem sucedidas tempos depois”. De
acordo com o delegado, no período que a polícia investigou o caso, a quadrilha
não realizou nenhum roubo a banco.
No assalto
às agências bancárias de Princesa Isabel, segundo explicou o delegado, os
crimes foram praticados por uma quadrilha armada com cerca de 12 integrantes,
“subtraindo para si uma alta quantia em dinheiro, com emprego de violência e
grave ameaça as pessoas que se encontravam no local”. As investigações contaram
com o apoio das polícias da Bahia, Pernambuco e Alagoas, além de agentes da
Polícia Federal do Rio Grande do Norte. O Ministério Público também participou
do processo de investigação.
O nome da
operação – ´Canga´ – foi dado em referência ao cangaço, luta revolucionária na
qual os homens do grupo vagavam pelas cidades em busca de Justiça, e que teve
como principal líder o famoso Lampião. O termo cangaço vem da palavra ´canga´,
que é uma peça de madeira usada para prender junta de bois a carro ou arado.
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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