A Associação
Comercial e Industrial de Ponta Grossa (ACI-PG) está propondo a suspensão do
direito de voto de todos os cidadãos beneficiados por programas de distribuição
de renda, seja municipal, estadual ou municipal. A proposta consta numa
cartilha distribuída pela associação e está causando controvérsia na região.
Presidente
da entidade, o empresário Nilton Fior reconhece que a emenda fere a
Constituição, mas a ideia, segundo ele, é “provocar uma reflexão” diante do
grande número de pessoas no Brasil que vivem do benefício. Hoje são cerca de 13
milhões, segundo a Caixa Econômica Federal.
Para ele, a
concessão do benefício cria um vínculo entre quem concede o benefício e quem
recebe. “Queremos com esse debate é eliminar este fator”, diz Fior. O
documento, com 18 propostas, foi entregue aos candidatos a deputado de Ponta
Grossa e região, na semana passada. O assunto tem repercutido na internet, com
opiniões contrárias e favoráveis à sugestão. A proposta foi discutida na
associação e aprovada por 34 dos 37 diretores da instituição. A perda do
direito de votar seria somente pelo período em que a pessoa estiver recebendo o
benefício.
Segundo
Fior, a proposta se alinha com o trabalho da ONG Movimento de Combate à
Corrupção Eleitoral, que pede o fim do financiamento de campanha eleitoral por
pessoas jurídicas. “Isso representa uma evolução, se conseguirmos conduzir um
processo eleitoral sem a interferência de fatores externos”, afirma.
A OAB de
Ponta Grossa vê a proposta como uma aberração e destaca o artigo da
Constituição Federal, não pode ser objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir o voto direto, secreto, universal e periódico. fonte; Ceará agora
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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