SÃO PAULO -
O programa "Domingo Legal" destaca o encontro do apresentador Celso
Portiolli com Padre Marcelo Rossi. Pela primeira vez na televisão, Padre
Marcelo abre as portas de sua casa e fala abertamente de diversos temas,
inclusive sobre as polêmicas envolvendo o Vaticano.
Em uma das perguntas do apresentador Celso Portiolli
ao padre Marcelo que se tratada sua depressão profunda, ele pergunta? Como ele
se sentia em frente aos fieis da sua igreja com um problema tão agravante como
a depressão? Ele responde; ironicamente dizendo, eu sou humano e que o próprio Jesus
teve depressão, Eu posso provar! Quando
se afastou durante 40 dias longe de todos.
Ele estava
se referindo há essa passagem bíblica que diz;
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 4,1-11
Jesus foi
conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser posto à prova pelo diabo. Ele
jejuou durante quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador
aproximou-se e disse-lhe: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem
em pães!” Ele respondeu: “Está escrito: ‘Não se vive somente de pão, mas de
toda palavra que sai da boca de Deus’”. Então, o diabo o levou à Cidade Santa,
colocou-o no ponto mais alto do templo e disse-lhe: “Se és Filho de Deus,
joga-te daqui abaixo! Pois está escrito: ‘Ele dará ordens a seus anjos a teu
respeito, e eles te carregarão nas mãos, para que não tropeces em alguma
pedra’”.
Jesus lhe respondeu: “Também está escrito:
‘Não porás à prova o Senhor teu Deus’!” O diabo o levou ainda para uma montanha
muito alta. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua riqueza, e lhe disse:
“Eu te darei tudo isso, se caíres de joelhos para me adorar”. Jesus lhe disse:
“Vai embora, Satanás, pois está escrito: ‘Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a
ele prestarás culto’”. Por fim, o diabo o deixou, e os anjos se aproximaram
para servi-lo. No texto bíblico acima vemos que nada do que padre Marcelo Rose disse tem sentido ‘’Jesus
cristo” Já mais teve depressão! ele era santo, foi, é, e sempre será, ontem hoje e sempre, não se compare apessoa de Jesus Cristo, ele é santo você não.
Meditação:
No Evangelho
de hoje, vemos que Jesus foi levado pelo Espírito Santo ao deserto e lá passou
40 dias em jejum. Quando Satanás percebeu que o homem Jesus encontrava-se muito
debilitado, afinal estava há 40 dias ser comer e sem beber, ele que sabia
perfeitamente a Sagrada Escritura, achegou-se a Jesus e o tentou através da
fome dizendo-lhe: Se tu és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem
em pão (Mt 4,3,4).
Jesus,
embora enfraquecido, sabia que Sua força estava no Senhor e respondeu: Nem só
de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca Deus. Jesus poderia
transformar pedras no que quisesse, afinal é o Filho do Deus Todo-Poderoso e
n’Ele está todo o poder e autoridade, mas, se assim o fizesse, estaria cedendo
à tentação de Satanás.
Vendo que a
primeira armadilha não tinha dado certo, levou-o ao alto do templo, em
Jerusalém, e tentou-o, desta vez usando a própria Palavra de Deus, dizendo-lhe:
Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Aos seus
anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que não tropeces
em nenhuma pedra. Muito astuto não é mesmo? Usar o Pai para tentar o Filho. Mas
Jesus foi ainda mais esperto e respondeu: Também está escrito: Não tentarás o
Senhor, Teu Deus.
Como
satanás, além de um derrotado, ainda é insistente, levou Jesus ao monte mais
alto e de lá lhe mostrou todos os reinos do mundo e a glória deles e disse:
Tudo isso te darei se prostrado me adorares. E Jesus disse-lhe: Vai-te satanás,
porque está escrito: Ao Senhor adorarás e só a Ele servirás. Então satanás se
retirou e os anjos do Senhor O serviram.
Podemos até
pensar: por que satanás ofereceu a Jesus o poder e a glória dos reinos do mundo
se todo poder e toda glória pertencem ao Senhor? Em Lucas 4,5, quando fala
sobre a tentação de Jesus, Satanás diz que tudo na terra foi entregue a ele.
Quando? Quando o homem pecou, quando no Jardim do Éden Adão e Eva desobedeceram
a Deus e permitiram que a serpente do pecado os enganasse. Satanás se tornou o
príncipe deste mundo (Jo 12,31; 16,11). Mas nós não! Embora vivamos neste mundo
não somos do mundo veja o que diz Jesus à Seu Pai: “Eles não são do mundo como
também eu não sou” (Jo 17,16).
Conclusão: O
que podemos aprender com isso?
1. Todos nós
somos tentados. Diariamente as tentações batem à nossa porta: preguiça,
desobediência aos pais e líderes, mentira, palavrões, inveja, orgulho, fofoca,
namoro, sexualidade, roubo, drogas etc.
2. Temos a
arma para vencer a tentação: a Palavra de Deus. Foi com ela que Jesus venceu a
Satanás. Lembre-se: ela é mais poderosa que qualquer espada de dois gumes (Hb
4,12).
3. Quando
vencemos, enchemos o coração do Pai de alegria e envergonhamos ao diabo, pois quando
vencemos, em nós é cumprida a Palavra do Senhor de que em tudo somos mais do
que vencedores.
A privação
da posse, do poder e do prazer deste mundo não se compara com a Glória que
havemos de possuir quando tudo se consumar em todos ( Rm 8,18-25).
Reflexão
Apostólica:
A narrativa
de Mateus é bem clara: depois de ser batizado Jesus foi conduzido pelo Espírito
ao deserto para ser tentado pelo demônio. Cheio do Espírito Santo, porém, Jesus
venceu todas as investidas de satanás que, usando a própria Escritura tentou
convencê-Lo a cair na suas artimanhas.
Como Deus,
Jesus não precisaria ter sido batizado nem tampouco ser levado ao deserto para
ser importunado por satanás. Porém, como homem, Ele se submeteu a tudo quanto
nós também estamos sujeitos, para nos mostrar que nós podemos ser tentados, mas
necessariamente, não precisamos cair nas sugestões do inimigo.
Jesus
enfrentou e venceu as tentações do “prazer, do ter e do poder” , justamente as
três fraquezas que nós, trazemos em nós e que é fruto do pecado original. O
príncipe do mundo é satanás, por isso, ele acenava para Jesus com as coisas que
o mundo valoriza.
Jesus,
porém, nos dá uma lição para quando nós estivermos sendo sugestionados a
empreender qualquer obra que não tenha como finalidade a observância da Palavra
de Deus. O demônio, primeiramente, quis pôr em dúvida a identidade de Jesus:
”se és Filho de Deus”.
Quantas
vezes nós também nos sentimos desafiados a mostrar quem nós somos com atitudes
de vaidade e amor próprio! Mesmo com fome, Jesus não se rendeu ao prazer de
comer e foi mais além do que o que o demônio arrazoou como justificativa para
que pedras fossem transformadas em pães: “Não só de pão vive o homem, mas de
toda palavra que procede da boca de Deus”.
O tentador
apelou para o sentimento que o homem tem de mostrar que tem poder e prestígio a
fim de dominar todas as coisas: ‘ Ele deu a seus anjos ordens a teu respeito;
proteger-te-ão com as mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé em alguma
pedra’.
Jesus nos
ensina: “Não tentarás o Senhor teu Deus”. Somos filhos de Deus e sabemos que
Ele nos protege, porém nunca devemos tentar a Deus nos expondo aos perigos e às
facilidades da vida confiando em que Ele dará um jeito de nos socorrer.
Finalmente,
o demônio tocou no ponto mais fraco do homem: o apego aos bens materiais, a
ganância e a ambição de, tendo já muito, fazer qualquer coisa para adquirir
ainda mais: “Dar-te-ei tudo isto se, prostrando-te diante de mim, me adorares.”
Jesus nos dá a dica: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás”.
Você também
tem sido tentado (a) pelo inimigo de Deus mesmo quando medita e reflete sobre a
Palavra? Qual é a maior tentação que você tem enfrentado: o prazer, o poder ou
o possuir? Como você tem vencido as tentações? O que você tem feito com os bens
que você possui? Eles estão a serviço de Deus ou do demônio?
Todo esse
relato, se analisado nos mínimos detalhes podemos perceber inúmeros ensinamento
para nós. Ao cumprir o “IDE” do Mestre com certeza seremos também provado,
tentados.
Jesus foi
levado pelo Espírito ao deserto. Isso mostra uma permissão da parte de Deus. O
inimigo afronta Jesus com a própria Palavra. Ele também conhece as Escrituras.
Nossa vida espiritual deve ter também uma convalidação divina. Precisamos ter
certeza de nossa missão no reino de Deus.
A preparação
(formação), a consagração (jejum) deve fazer parte de nossa vida espiritual.
Termos consciência de que seremos tentados pelo inimigo e que isso será
permitido por Deus. Em algum momento daremos de frente com ele e a Palavra de
Deus deverá estar presente em nós, bem forte para podermos vencer. Seremos
também levados ao deserto. Ou melhor, quando se trata de espiritual, vivemos no
deserto.
Contra o
príncipe das trevas, não ha diplomas, mestrados, doutorados, grandes currículos
que poderá nos salvar. Embora, nós seres humanos, valorizamos muito isso, e não
é errado, ao contrário se faz necessário.
Somente a
certeza do que cremos e a palavra de Deus poderá nos livrar e dar a vitória.
Temos necessidades e fraquezas e é nas nossas fraquezas que o inimigo virá para
nos contrapor. É necessário então intimidade com Deus e com sua Palavra.
Se
substituirmos o simbolismo dos 40 dias em que Jesus esteve em oração pelo tempo
que chamamos de sua “vida oculta”, e se assumirmos que também aqui o deserto é
o símbolo da consciência, entenderemos que as tentações de Jesus não puderam
ter sido somente essas três, definidas, além disso, de uma forma muito fácil e
rápida, mas que foram muitas as dúvidas, as alternativas de facilitar as coisas
(tentadoras) que terão ocorrido a Jesus para levar adiante sua missão.
Ele decidiu,
no meio dessas alternativas de facilitações, que levaria a cabo sua missão pelo
caminho mais difícil , porém mais seguro. A instauração do reino seria para
Jesus o eixo fundamental de sua messianidade; e isso não seria compatível com
nenhum messianismo barato; o Messias teria de levar até o fim sua missão pelo
caminho do sofrimento, incompreensão, dor, doação de cada dia, serviço
constante.
A grande
lição das tentações de Jesus é que o mal sempre nos oferece “atalhos”. E são
contra estes atalhos que devemos ter cuidado. Pão (alimento), prestígio (fama)
e poder (governo) são coisas interessantes que mexe com o nosso físico, a nossa
alma e o nosso lado espiritual. No entanto, nada disso terá valor para nós se
for sem Deus. Qualquer coisa, por melhor que seja que nos afaste do Senhor,
deve ser abandonado. Somente com Deus, na Sua presença e para a Sua glória,
devemos viver.
Jesus embora
sendo o Filho de Deus, levava uma vida constante de oração. Ele nos ensinou
como devemos orar. É na oração que alcançamos intimidade com Deus. Quanto mais
oramos mais teremos certeza da sua vontade.
O
evangelista conduz cada discípulo, fiel de todos os tempos, ao deserto onde
Jesus exercita a definição do estilo, da forma como o Messias cumpriria sua
tarefa para que também nós, seus discípulos, fizéssemos o mesmo.
Repórter;
Francisco Filho
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
Leia Mais sobre o autor