O brasileiro
Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, condenado à pena de morte na
Indonésia por tráfico de drogas, teve seu pedido de clemência negado pelo
governo do país. Segundo as autoridades asiáticas ele será executado
"muito em breve". Marco já havia solicitado o perdão presidencial em
2006 e teve o pedido atual negado no dia 31 de dezembro pelo presidente Joko
Widodo.
Como a lei
indonésia só aceita que os sentenciados à morte só façam dois pedidos do tipo,
do ponto de vista legal, não há mais nada a ser feito para evitar a execução do
brasileiro. Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral da Indonésia, disse
ao jornal Folha de S. Paulo que todos os procedimentos legais para executar
Marco já foram cumpridos. Com uma data ainda não definida, Spontana disse que a
execução de mais cinco pessoas deve ser feita ser feita no mesmo dia por
fuzilamento e pode acontecer até o final de janeiro. "Ele está na lista
dos próximos executados - e posso assegurar que o plano é executá-lo muito em
breve", disse.
Dilma
Rousseff já mandou carta pedindo a Widodo que não realize a execução. O
Itamaraty afimou que não recebeu uma comunicação "oficial" até o
momento. Segundo a Folha de S. Paulo, o gabinete de Dilma avalia se algo ainda
pode ser feito pelo brasileiro. No entanto, o único meio para evitar o
fuzilamento é através de pressão política.
O caso
Marco foi
preso em 2003, após uma tentativa frustrada de entrar no aeroporto de Jacarta
com 13,4kg de cocaína escondidos em
tubos de asa delta. Ele ainda não sabe sobre a nova rejeição ao pedido de
clemência e disse estar arrependido do crime.
Se a pena
for realmente cumprida, ele será o primeiro ocidental executado na Indonésia.
Além dele, outro brasileiro se encontra preso na Indonésia. Rodrigo Gularte
está no mesmo presídio que Marco e ainda não teve seu segundo pedido de
clemência respondido.
Marco Archer Cardoso Moreira foi preso em 2003 por tráfico de drogas
REUTERS
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