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21 de fevereiro de 2015

Crise hídrica traz de volta velhas mazelas

A falta de água e a dificuldade de higienização decorrentes da seca que atinge os reservatórios da região Sudeste devolvem ao radar da saúde pública a necessidade de prevenir doenças que já eram consideradas erradicadas nas grandes metrópoles, como tifo e cólera. O armazenamento improvisado de água nas residências também aumenta e eleva o risco de enfermidades tradicionalmente comuns no verão: dengue, febre chikungunya e rotavírus, além de diversos tipos de diarreia e hepatites A e E.

“De repente, estamos voltando no tempo com doenças supostamente eliminadas no século retrasado”, diz Pedro Mancuso, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP. Segundo ele, um ambiente sem água é, do ponto de vista das políticas públicas de saúde, um retrocesso que expõe a população a patologias comuns por volta de 1800, época em que o pesquisador John Snow descobriu, no Reino Unido, que a água transmitia doenças. “O pior dos mundos é a falta de água.

Quando você tem água, mesmo de qualidade duvidosa, você pode fazer alguma coisa em casa. Agora, com água zero, não tem o que fazer”, diz Mancuso.

Christovam Barcellos Netto, pesquisador do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), trabalhou como sanitarista das secretarias estaduais de Saúde do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Para ele, o principal risco em cidades sem água, ou com racionamento drástico, é que doenças que hoje ocorrem isoladamente ganhem mais poder de transmissão, como no caso da febre tifoide e cólera.




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