Entre
janeiro e fevereiro, 20 municípios do Ceará estavam em situações de risco ou
alerta para surto de dengue, levando em conta o Índice de Infestação Predial
(IIP), segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de
2015, do Ministério da Saúde. Hoje, esse número subiu para 48, um aumento de 140%,
de acordo com informações do último Boletim Epidemiológico da Secretária de
Saúde do Estado (Sesa).
Conforme o
Ministério da Saúde, as cidades que apresentam o IIP inferior a 1% estão em
condições satisfatórias, aquelas que têm números entre 1% e 3,9% estão em
situação de alerta e quando o IIP é superior a 4% a situação é de risco, pois
há possibilidade de surto de dengue.
Estão com
maior risco de surto da doença as cidades de Canindé, Varjota, Baturité, Tauá,
Hidrolândia e Coreaú. As condições estão mais críticas nos três primeiros, que
ultrapassam os 12% de infestação predial. Além de Hidrolândia, que subiu de
5,2%, em fevereiro, para 8,80%.
Reriutaba,
Caucaia, Santa Quitéria, Cascavel, Pacatuba, Pires Ferreira, Maranguape,
Pacajus, Irauçuba, Cariré, Juazeiro do Norte, Fortaleza e Aquiraz são as
cidades que, hoje, devem estar em alerta - embora ainda sem risco iminente de
surto - em relação ao Aedes aegypti. A Capital está com IIP de 1,4%, o segundo
mais baixo deste grupo.
O gerente da
Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos da Secretária Municipal de
Saúde (SMS), Nélio Morais, explicou que o ideal era que Fortaleza estivesse
abaixo do 1%, para uma situação tranquila. Mas, nesta época do ano, os índices
tendem a aumentar devido à grande quantidade de chuvas. Para diminuir esses
números, ressaltou Morais, a SMS divide Fortaleza em seis pontos, pois cada um
apresenta dados e motivos diferentes para a proliferação do mosquito.
"Sabemos quais as áreas mais críticas e que tipo de depósitos o Aedes
aegypti mais usa para se reproduzir".
Em 2015, os
casos estão concentrados principalmente na Regional VI, afirmou o gerente da
Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos. Bairros como Messejana,
Jangurussu, Barroso e Conjunto Palmeiras estão entre os mais afetados.
Por conta da
proximidade com a Regional V, muitos casos são registrados também nessa área,
disse ele. Principalmente em bairros como José Walter e Siqueira. Nessas áreas,
estão senso realizados trabalhos especiais desde o início do ano, como operação
quintal limpo e mobilização educacional.
Fumacê
Na próxima
semana, a Secretária Municipal de Saúde deve iniciar a operação de pulverização
espacial Ultra-Baixo Volume (UBV) pesado, mais conhecida como fumacê, nas ruas
e avenidas das Regionais V e VI. "Já tivemos o fumacê trabalhando durante
as férias e Carnaval. No entanto, agora ele será direcionado para aquelas áreas
onde foram registradas a transmissão da dengue", destacou Morais.
A assessoria
de comunicação da Sesa informou que o órgão dá apoio aos municípios no combate
ao Aedes aegypti, todavia, os trabalhos são de responsabilidade da Prefeitura.
Thiago Rocha
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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