O governo
estabeleceu o salário mínimo de R$ 854 no ano que vem. O valor consta do
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado nesta quarta-feira,
15, ao Congresso Nacional. Para 2017, o valor previsto é de R$ 900,1 e, para
2018, de R$ 961. Neste ano, o salário mínimo está em R$ 788.
No
documento, o governo definiu a meta de superávit primário do setor público
consolidado de R$ 126,73 bilhões em 2016, o equivalente a 2% do PIB. O PLDO
2016 indica meta de R$ 104,55 bilhões para o governo central, 1,65% do PIB.
Para os Estados e municípios, a meta no ano que vem será de R$ 22,18 bilhões, 0
35% do PIB. Já ao tomar posse, no início do ano, o ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, disse que o superávit primário “não seria menor do que 2%” em 2016 e
2017.
Neste ano, a
meta de superávit é de R$ 66,3 bilhões, o equivalente a 1,2% do PIB. O governo
espera estabilidade para o superávit primário depois de fazer uma economia de
1,2% em 2015. De 2016 a 2018 esse porcentual ficaria em 2%. Esse desempenho
seria suficiente para reduzir a dívida bruta, que deve ficar em 62,5% do PIB
este ano e desacelerar até 2018, primeiro para 61 9% no próximo ano, depois
para 60,9 e finalmente chegaria a 60 4%.
Segundo o
PLDO 2016 entregue hoje, o déficit nominal das contas públicas deve ficar em
5,16% este ano, recuar para 2,93% no próximo e seguir em desaceleração até
2018, sendo 2,33% em 2017 e 2,26% no ano seguinte. A dívida líquida fica em
34,9% em 2015 e segue com 34,9% (2016), 35,3% (2017) e 35,1% (2018).
PIB,
inflação, juros e câmbio
O governo
espera que o PIB brasileiro recue 0,9% em 2015, de acordo com o cenário
macroeconômico previsto no PLDO de 2016. A previsão para a inflação medida pelo
IPCA é de 8,2% no fim do ano. Para o câmbio, a previsão para o fim de 2015 é de
R$ 3,21. De acordo com o ministro Nelson Barbosa, as previsões estão próximas
das feitas pelo mercado para dar mais credibilidade às metas fiscais, traçadas
com base nesse cenário.
Para 2016, a
projeção é que o PIB crescerá 1,3%. A expectativa é que a inflação medida pelo
IPCA encerre o ano de 2016 em 5,6%. A última previsão para o PIB era de
crescimento de 2%. Ao tomar posse, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse
que o governo passaria a considerar as previsões do mercado para o crescimento
e inflação.
O Ministério
do Planejamento, na PLDO, ainda apresentou uma previsão de 11,50% para a Selic
em 2016. Para 2015, eles estimam que o Banco Central vá elevar a taxa em mais
0,50 ponto porcentual, chegando a dezembro em 13,25% ao ano. Depois desse pico
este ano, a projeção é de desaceleração da taxa, sendo 10 50% em 2017 e 10% em
2018. Para o câmbio, a expectativa é uma taxa de R$ 3,30.
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