Na disputa
acirrada para evitar a liderança das reclamações contra bancos, desta vez foi o
Bradesco que acabou ficando no topo. Em março, o HSBC se tornou o primeiro
colocado, ultrapassando a Caixa, que figurava como a instituição com maior
volume de queixas em relação ao tamanho em fevereiro. Entram na lista formulada
todos os meses pelo Banco Central os bancos com mais de 2 milhões de clientes.
De acordo
com o BC, em abril, o Bradesco recebeu 11,90 pontos ante 9,07 pontos de março,
quando estava na segunda colocação. A instituição, que conta com 75,5 milhões
de clientes, recebeu 899 queixas consideradas procedentes pelo órgão
fiscalizador. Na segunda posição agora está o HSBC, que tem 10,1 milhões de
clientes. O conglomerado teve 9,07 pontos ao receber 92 críticas dos
consumidores avalizadas pelo BC.
Já a Caixa
está na terceira posição, com 7,42 pontos provenientes de 562 reclamações de um
total de 75,6 milhões de clientes. Essa classificação é gerada com base em um
índice que leva em conta instituições que receberam o maior volume de queixas
de usuários de seu serviço em relação ao total de clientes. Todas são avaliadas
pelo BC pelo seu conglomerado.
Na quarta posição,
com 5,23 pontos, está o Santander, que conta com uma base de 32,1 milhões de
clientes – o total de críticas aos seus serviços em abril foi de 168, conforme
o BC. Na quinta colocação, encontra-se o Banco do Brasil, que possui 55,6
milhões de clientes e foi apontado por erros e omissões por 260 vezes no mês
passado. Isso fez com que a instituição obtivesse 4 67 pontos no período. Da
sexta até a décima colocação estão as seguintes casas: Itaú, Votorantim,
Mercantil do Brasil, Banrisul e Banco do Nordeste do Brasil.
A queixa
geral mais comum no mês passado foi sobre restrição à realização de
portabilidade de operações de crédito consignado relativas a pessoas naturais
por recusa injustificada, com um total de 849 indicações. O segundo maior
motivo de queixas foi em relação a irregularidades relativas à integridade,
confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços
(438) e, o terceiro, a débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente
(174). A insatisfação dos clientes com a resposta recebida da instituição
financeira referente à reclamação registrada no Banco Central ficou em quarto
lugar, com 121 críticas, e a cobrança irregular de tarifa por serviços não
contratados, em quinto, com 108.
Além do
volume de clientes e da inclusão de financeiras, a ampliação da base de
clientes de cada instituição ou conglomerado foi alvo de mudança metodológica
feita pela autarquia desde julho do ano passado. Até então, apenas os que
faziam operações de depósitos com cobertura do Fundo Garantidor de Crédito
(FGC) eram contabilizados. Agora, outras operações de depósitos também podem
entrar na apuração, como as de consumidores que fazem empréstimos ou
investimentos em um banco mesmo sem ter conta na casa.
Estadão-conteudo
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