A presidente
Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira, 30, que o País passa por um ano de
“travessia”, mas fez questão de destacar que a situação vai melhorar. “Nós
estamos num ano de travessia, essa travessia é para levar o Brasil para um
lugar melhor”, disse.
Dilma
conclamou uma cooperação dos representantes de 26 estados e do Distrito Federal
para atravessar a atual situação econômica. O encontro, realizado no Palácio do
Alvorada, contou ainda com a presença de 10 ministros do governo.
Ao dizer que
não faltará “energia” para passar por essa fase, a petista disse que o Brasil
está “atualizando” as bases da economia a fim de voltar a ter crescimento com
preços baixos. Numa espécie de mea culpa, Dilma disse que todos os presentes
têm de ter a humildade para receber críticas e sugestões. Mas disse que todos
têm interesse em cooperar.
“Queria
dizer aos senhores que eu pessoalmente sei suportar pressão e até injustiça.
Isso é algo que qualquer governante tem de se capacitar para, e saber que faz
parte da sua atuação. Eu também quero dizer que tenho ouvido aberto, e também o
coração, porque tem de ter o ouvido aberto enquanto razão, e o coração,
enquanto emoção e sentimento”, disse.
Para Dilma,
um “novo Brasil” cresceu, se desenvolveu e não se satisfaz com pouco, sempre
quer mais. Ela disse que esse País cada vez mais desenvolvido passou a exigir
muito dos governos, citando os entes federal, estaduais e municipais.
“Nesse novo
Brasil, nenhum governo, nenhum governante pode se acomodar. Muita coisa nós
sabemos que precisa melhorar, principalmente porque sabemos que o nosso povo
está sofrendo”, afirmou.
Ao conclamar
apoio dos governadores, a presidente disse que a cooperação federativa é uma
“exigência constitucional”. Para ela é preciso somar forças para atender melhor
a população, para aqueles que vivem do “suor do trabalho”.
“Quero
dizer, do fundo do meu coração, vocês podem contar comigo”, destacou a
presidente, ao citar que o Brasil se passa nos Estados e nos municípios. Ao
concluir sua exposição, ela disse que é preciso incluir, crescer e preservar o
meio ambiente.
ICMS
Em discurso
de abertura na reunião, Dilma Rousseff disse que a reforma do ICMS é exemplo de
iniciativa que o Palácio do Planalto pode estabelecer em cooperação com
Estados.
“Tenho
certeza que nós temos várias iniciativas que podemos estabelecer juntos, como
por exemplo, a questão da reforma do ICMS”, disse Dilma. “É uma reforma
microeconômica, que pode ter repercussão macroeconômica pro crescimento, pra
geração de emprego, pra melhoria da arrecadação dos Estados e outras tantas. Eu
conto com vocês.”
O governo
preparou uma “agenda positiva” a ser discutida pela presidente com
governadores, que inclui a unificação da alíquota do ICMS interestadual, assim
como a medida provisória que institui o Fundo de Desenvolvimento Regional e
Infraestrutura e o Fundo de Auxílio à Convergência das Alíquotas.
“Vocês podem
contar comigo”, afirmou Dilma, dirigindo-se aos governadores presentes.
“O bom
caminho é o caminho da cooperação porque é talvez a melhor tecnologia inventada
pelo ser humano: cooperar. Mas também eu acredito que nós chegamos a um patamar
no nosso País em que conquistamos muita coisa. Nós conquistamos a democracia.
Nós conquistamos um País que olha e percebe que é possível incluir e crescer.”
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Estadão

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