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15 de novembro de 2015

Microcefalia: Ministério recomenda que nordestinas não engravidem

Em nota oficial, o Ministério da Saúde recomenda às mulheres nordestinas que procurem equipes de saúde antes de tomar a decisão de engravidar. A preocupação decorre do surto de microcefalia, que já atingiu 141 bebês em Pernambuco. A doença é uma malformação em que os bebês nascem com o crânio menor e que pode levar à morte. Os casos levaram o governo a decretar estado de emergência nacional em saúde pública, pela primeira vez na história do país.

A decisão se prorrogará até que sejam esclarecidas as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia na região Nordeste. O Ministério esclarece, no entanto, que está apenas recomendando um cuidado maior, mas quem decidirá sobre engravidar ou não será da própria mulher e de sua família.

Entre as recomendações, o Ministério sugere que as mulheres gravidas usem calça e camisa de manga comprida, além de repelentes, para se proteger do mosquito Aedes aegypti, que transmite o zika virus, uma causa possível para o surto. O mosquito é o mesmo que transmite a dengue. Recomenda, também que as gestantes evitem contato com pessoas que estejam com febre ou infecções.

Para identificar se um bebê está ou não acometido da doença o Ministério considera o perímetro cefálico dos recém-nascidos igual ou inferior a 33 centímetros. O sinal vermelho foi dado após o diagnóstico de 141 casos da doença em Pernambuco. O alerta sanitário foi dado e as investigações estão em andamento para identificar as causas do surto.


No Ceará, em 2015, foram registrados três casos de bebês que nasceram com microcefalia. Em 2014, foram sete, segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).

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