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23 de julho de 2014

Cerca de oito pessoas por dia sofrem picadas

Ano passado, a média era de sete vítimas por dia; aumento pode ser ocasionado pelo clima chuvoso imprimir Image-0-Artigo-1664359-1 Entulhos, lixo e ambientes quentes e úmidos facilitam a presença de animais peçonhentos, como cobras e, principalmente, escorpiões Lugares cercados de entulhos e lixo ou mesmo um ambiente quente e úmido são verdadeiros abrigos convidativos para animais peçonhentos. Sem um cuidado maior da população, é crescente o número de casos de pessoas picadas por esses bichos. De janeiro a junho deste ano, já foram contabilizados 1.398 casos, uma média de oito pessoas por dia - ultrapassando a média anual de 2013, quando foram registradas, aproximadamente, sete vítimas diárias. Os dados fornecidos pelo Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox), do Instituto Dr. José Frota (IJF), mostram que o mês de maio contabilizou a maior incidência, com um total de 274 vítimas, sendo a maior parte por picadas de escorpião. O aumento do número pode ser ocasionado pelo clima chuvoso, já que o calor e a umidade são bastante confortáveis para esses bichos. A farmacêutica plantonista do Ceatox, Rosa Freitas, alerta para os sintomas de intoxicação por animais peçonhentos. "É preciso estar atento aos sinais que o paciente dá. Vômito, falta de ar, urina escura, fraqueza nas pernas, visão turva, inchaço podem sinalizar envenenamento". Em caso de picada de escorpião, o que é mais comum, as vítimas apresentam dores intensas. Somente em maio, o número de vítimas foi de 261. Em segundo, estão as ocorrências de picadas de cobra, mesmo que apresentem um total bem inferior às de escorpião. Em junho, foram seis. "No caso de cobras, às vezes, a vítima reconhece a espécie, o que facilita a aplicação do soro. Cada veneno tem um antídoto específico". Já nas picadas de aranhas, dificilmente a vítima sente dor na hora da lesão. "Apenas depois de alguns dias, aparece um ferimento na pele da vítima. Realizamos o exame de sangue para detectar o grau de intoxicação, mas geralmente o problema é resolvido com a aplicação de corticoide. Em casos mais graves, aplica-se o soro após cinco dias de ferimento", conta a farmacêutica. Como prevenção, Rosa lista alguns cuidados. O primeiro deles é nunca calçar sapatos sem antes verificar se há algo dentro. Outra dica é acender a luz sempre que levantar, já que esses animais podem passar despercebidos no escuro e acabar sendo pisados, ocasionando a lesão. Após o banho, é imprescindível que a pessoa sacuda a toalha para evitar que, ao enxugar-se, seja picada por um animal peçonhento. "Escorpiões entram nas casas por meio de tubulações de esgoto. É bem comum ficarem em banheiros, até pela temperatura propícia", explica. Se ocorrer o ferimento por escorpião, Rosa adverte que não se pode colocar gelo no local. Deve-se tranquilizar o paciente, fazer compressa de água fria e ingerir analgésico. Se a dor não cessar, é ideal que a vítima seja encaminhada para o Ceatox para ser examinada e receber medicação adequada. Se a lesão for por cobra, não é indicado procedimentos como cortes, garrote ou torniquetes, pois os mesmos podem produzir necrose ou gangrena, além de não impedir que o veneno seja absorvido. É importante lavar o local com água e sabão, deixar o membro afetado em repouso, oferecer somente água e encaminhar o paciente à unidade de tratamento mais próxima, se possível com o animal. Outros animais Apesar de apresentarem menor número de casos, ainda é preciso tomar cuidado com outros animais que também podem provocar intoxicações. Abelhas podem causar dor e edema local, reação alérgica local ou sistêmica, mal-estar, náuseas, sudorese, asfixia respiratória, edema de glote e choque. Semelhante às abelhas, os maribondos injetam a toxina diretamente na corrente sanguínea. Outros animais como lagarta de fogo, lacraias, também chamadas de centopeias, pedem atenção especial. No mar, águas vivas, caravelas e medusas podem causar fortes intoxicações. Já arraias e sagres possuem ferrão com glândulas peçonhentas que provocam ferimento puntiforme ou lacerante. Mais informações: Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox/IJF) Telefone: (85) 3255-5050 Site: www.fortaleza.ce.gov.br/ijf Patrícia Holanda Especial para o Cidade Via:Folha Serrana

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