A Secretaria
da Saúde do Estado apresentará nesta quinta-feira, 4 de dezembro, o Plano de
Contingência para a Febre Chikungunya, durante o V Congresso Norte-Nordeste de
Infectologia, que acontece até o sábado, dia 6, no Seara Praia Hotel, Avenida
Beira Mar, 3080, Meireles, com discussões sobre hepatites, infecções e HIV,
assim como Ebola e Chikungunya. O plano, com detalhamento das ações necessárias
de investigação epidemiológica e controle vetorial para evitar a disseminação
da doença no Ceará, será apresentado pelo coordenador de Promoção e Proteção à
Saúde, Márcio Garcia, na oficina que será realizada das 11h20min ao meio dia.
Até o dia 15
de novembro, o Ministério da Saúde registrou 1.364 casos de Febre Chikungunya
no Brasil, sendo 125 confirmados por critério laboratorial e 1.239 por critério
clínico-epidemiológico. Do total, 71 casos são importados, trazidos por pessoas
que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana,
Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 1.293 foram
diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde
ocorre a transmissão. Destes casos, chamados de autóctones, 531 foram
registrados no município de Oiapoque (AP), 563 em Feira de Santana (BA), 196 em
Riachão do Jacuípe (BA), um em Matozinhos (MG), um em Pedro Leopoldo (MG) e um
em Campo Grande (MS).
Casos
importados
No Ceará
foram notificados 13 casos suspeitos e confirmados cinco – três em Fortaleza e
os demais nos municípios de Aracoiaba e Brejo Santo, todos eles importados. Os
cinco casos registrados da doença no Estado foram confirmados por critério
laboratorial pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), que
foi indicado no início de novembro pelo Ministério da Saúde para realizar o
diagnóstico de Febre Chikungunya para estados do Nordeste.
Desde que
foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o
Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que
tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de
resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de
medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para
diagnósticos da doença.
Também foram
intensificadas as medidas de prevenção e identificação de casos. Nas regiões
com registro da febre, foram constituídas equipes, composta por técnicos das
secretarias locais, para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir
alerta às unidades de saúde e às comunidades. Para controle dos mosquitos
transmissores da doença, são realizadas ações de bloqueio de casos suspeitos e
eliminação de criadouros.
A febre
Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida
por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e
o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta,
dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a
10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de
Saúde (OPAS), é rara, sendo ainda menos frequente que nos casos de dengue. Para
evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações
de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são exatamente as mesmas
para a prevenção da dengue.
* Com
informações da Sesa
Folha Serrana, um site criado para mostrar os fatos e cultura dos Bastiões/Iracema e toda a região jaguaribana...
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