A conta de
luz pode ser reduzida em, aproximadamente, 10% a partir de fevereiro, conforme
indicam as projeções para o preço da energia elétrica em 2016.
A geração de
energia poderia começar a ficar mais barata logo no segundo mês do ano, de
acordo com as previsões feitas pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica).
Os cálculos
indicam que todas as usinas termelétricas, que produzem eletricidade mais cara,
poderão ser desligadas no próximo mês, com a exceção das nucleares –por
questões técnicas elas não podem parar de funcionar– e de algumas no Nordeste.
Como
consequência, a cor da bandeira tarifária (encargo adicional que encarece a
conta de luz) poderia mudar para verde a partir do próximo mês. Essa alteração
anularia o encargo adicional que é cobrado hoje.
Atualmente,
a cor da bandeira é vermelha, que eleva o custo para o consumidor em R$ 45 por
MWh (megawatt-hora). Essa arrecadação extra é direcionada para o pagamento das
térmicas.
Isso ajudou
a encarecer a conta de luz que, de um modo geral, subiu 51,3% nos 12 meses
encerrados em novembro, segundo o IBGE.
Segundo o
jornal Folha de São Paulo apurou, no entanto, o alívio no bolso dos consumidores
não deve ser imediato: o impacto tende a ser gradual, ao longo do primeiro
semestre.
CÁLCULOS
As projeções
feitas pela CCEE estabelecem estimativas para o valor do PLD (Preço de
Liquidação das Diferenças), que define o valor máximo do custo da geração.
Em 2015, o
PLD deve ficar em média a R$ 30 por MWh, o valor mínimo. Apenas para o Nordeste
o valor não atinge o piso –a média fica em R$ 100 por MWh.
O principal
fator de influência sobre esses cálculos são as chuvas.
A CCEE fez
também uma segunda projeção, baseada na pior hidrologia já registrada. Mesmo
assim, a bandeira verde poderia ser adotada a partir de abril.
Até então, a
bandeira amarela, que adiciona um encargo intermediário, de R$ 25 por MWh,
deveria estar em vigor.
Nesse caso,
a redução média seria de 4%.
A mudança de
cores, que só poderá ser feita após as projeções serem confirmadas e aprovadas
pelo ONS (Operador Nacional do Sistema) e pela Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica), seria a primeira desde quando o sistema das bandeiras passou
a ser calculado, há dois anos.
CAUTELA
Apesar de o
PLD ser o valor de referência da energia e estabelecer o teto do custo de
produção, o ONS e a Aneel podem exigir a operação de usinas mais caras.
Os órgãos
possuem essa prerrogativa por serem responsáveis pela manutenção da segurança
energética.
Desde o ano
passado, as termelétricas mais caras estão sendo utilizadas para que o país não
enfrente um cenário de escassez de energia.
Apesar do
custo maior, essas usinas ajudam na recomposição do nível dos reservatórios. É
exatamente o caso do Nordeste. Atualmente, o ONS mantém térmicas em operação
com custo de geração superior a R$ 700 por MWh, a fim de garantir o
abastecimento da região.
A
expectativa é que a bandeira verde só seja adotada depois de afastada a crise
hídrica nordestina.
A cor da
bandeira de fevereiro deverá ser decidida pela Aneel em 29 de janeiro.
Com
informações da Folha de São Paulo.

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